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Balanço Faunos: 44 patrulhas vigiam 46000 km

Balanço Faunos: 44 patrulhas vigiam 46000 km por semana

Os ministros da Defesa Nacional e da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, visitaram uma patrulha no terreno na Serra de Santo António, freguesia de Minde, e participaram numa sessão de apresentação dos resultados da colaboração entre as Forças Armadas e o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), quase no termo do protocolo assinado em 2017.

Os dois responsáveis pelas pastas da Defesa e da Agricultura fizeram um balanço positivo do programa conjunto de vigilância preventiva de incêndios Faunos, salientando a “redução sistemática, ano após ano, do número de ignições” nas áreas protegidas.

O Ministro Capoulas Santos salientou o contributo do programa, que coloca patrulhas no terreno, para a redução do número de ignições nas áreas protegidas e para uma atuação “no primeiro momento, impedindo que o incêndio atinja proporções que depois é mais difícil controlar”, tornando mais eficaz o sistema de combate.

O Ministro João Gomes Cravinho referiu a “impressão muito positiva” que existe até ao momento da “colaboração profícua” entre as Forças Armadas e o ICNF, salientando a “redução sistemática, ano após ano, do número de ignições”. A visibilidade do patrulhamento que é feito pelos militares tem um efeito dissuasor para quem tenha intenções de pôr fogo, por saber que “há possibilidade de isso ser registado”.

Para o Ministro da Defesa Nacional, um novo protocolo, a vigorar a partir de 2020, terá que ter “em conta as lições aprendidas nestes últimos três anos e também as possibilidades novas” que estão a ser identificadas, nomeadamente quanto à utilização de UAV (veículos aéreos não tripulados).

O drone que tem vindo a ser utilizado, a partir da Lousã, atuando num raio de 60 quilómetros, tem permitido disponibilizar à Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) imagens que estão a ser recolhidas todos os dias, explicou.

A partir de 2020, este será um meio utilizado “de forma mais sistemática”, por ser “extremamente útil para apoio à decisão, por exemplo de envio de meios aéreos ou de bombeiros para um local onde haja uma ignição”, informou João Gomes Cravinho.

Durante o balanço da cooperação, o Ministro Capoulas Santos salientou o papel das patrulhas militares no terreno e da vigilância aérea e a importância do conhecimento do ICNF, que faculta as cartas florestais das áreas protegidas, bem como o esforço de articulação e as mudanças feitas, nomeadamente, dentro do seu Ministério, como a nova lei orgânica do ICNF, ou na Proteção Civil, com a criação da Agência de Fogos Rurais, que faz a interligação e a coordenação entre as várias áreas.

“Esta ação concertada está a traduzir-se em bons resultados. A prevenção é uma peça fundamental”, disse, sublinhando o esforço financeiro “sem precedentes”, da ordem dos 130 milhões de euros, só do Ministério da Agricultura.

O Faunos promove ações de vigilância preventiva através do patrulhamento de áreas identificadas. Conta com financiamento das Forças Armadas e um “reforço extraordinário” proveniente do Fundo Florestal Permanente.
No âmbito do programa, além do drone, da responsabilidade da Força Aérea, 22 áreas, que abrangem 3,5 milhões de hectares, estão a ser patrulhadas por elementos do Exército e da Marinha, num total de 44 patrulhas diárias - 12 da Marinha e 32 do Exército, que envolvem 132 militares em 115 percursos, numa extensão total de 3.800 quilómetros. As patrulhas registam uma média semanal de 46000 km.