Meios Navais

Os meios da Marinha baseiam-se na ideia do equilíbrio, sustentada coerentemente na diversidade de capacidades, permitindo fazer face aos múltiplos desafios colocados por uma envolvente internacional muito dinâmica e imprevisível. Desta forma, os meios da Marinha visam manter um equilíbrio de capacidades, evitando uma especialização excessiva que levaria ao abandono de valências, essenciais à afirmação dos interesses nacionais no mar.

Fragatas

Navios de 1.500 a 5.000 toneladas de deslocamento e comprimento entre 75 e 150 metros, possuem armamento anti superfície, antiaéreo e anti-submarino e são, por natureza, escoltas oceânicos, embora sejam navios de grande capacidade e versatilidade.

Reabastecedor

Navio com deslocamento entre 5.000 e 25.000 toneladas e com um comprimento entre os 40 e os 200 metros, destinado a garantir a sustentabilidade logística de uma Força Naval no mar, designadamente em combustível, água, alimentos, sobressalentes, munições, entre outros.

Submarinos

Ao atuarem de forma encoberta, os submarinos são o único meio militar capaz de provocar inibição em potenciais oponentes ou infratores. A isto acresce as características próprias destes meios navais, nomeadamente, o seu grande raio de ação e mobilidade, a capacidade de permanecerem por períodos prolongados numa área de operações e a sofisticação dos seus sistemas de armas.

Corvetas

Navios até 1.500 toneladas de deslocamento e com comprimento entre 60 e 100 metros. Possuem armamento inferior ao das fragatas e têm menores capacidades oceânicas. Desempenham, principalmente, missões no âmbito da segurança e autoridade do Estado no mar e no âmbito da defesa própria e do apoio à política externa do Estado em cenários de baixa intensidade.

Patrulhas Oceânicos

Navios com um deslocamento entre as 750 e as 2.000 toneladas utilizados, prioritariamente, em ações não combatentes. Desempenham, principalmente, missões no âmbito da segurança e autoridade do Estado no mar e missões de interesse público. Possuem uma autonomia considerável, o que lhes permite permanecer no mar, em missão, durante largos períodos sem necessidade de apoio logístico.

Patrulhas

Navios de 200 a 400 toneladas de deslocamento e comprimento inferior a 45 metros, destinados a operarem junto a zonas costeiras em missões de vigilância, patrulha e defesa. Estão vocacionados para missões de segurança e autoridade do Estado no mar e missões de interesse público.

Lanchas

Navios de deslocamento inferior a 200 toneladas e comprimento inferior a 35 metros, com armamento reduzido, destinados a missões de segurança e autoridade do Estado no mar.

Hidrográficos

Navio especialmente construído ou equipado para a execução de trabalhos hidrográficos ou oceanográficos. Tem diversas capacidades científicas e técnicas para corresponder às atividades de Investigação e desenvolvimento. Podem dispor de áreas laboratoriais para pesquisar parâmetros biológicos, físicos e químicos, entre outras capacidades. Executam, em regra, missões de carácter científico de apoio às operações militares e à comunidade científica, em águas nacionais e internacionais.

Veleiros

A missão fundamental dos veleiros é proporcionar, às novas gerações, um amplo e profundo contacto com a vida do mar. Têm, ainda, como missão primária, a representação da Marinha e do País em apoio direto à ação diplomática do Estado. Portugal tem mantido a tradição da utilização de grandes veleiros como Navios-escola e Navios de Treino de Mar para complemento da formação teórica ministrada, pela Escola Naval, aos futuros oficiais da Armada e o contacto com a vida do mar à sociedade civil.

Helicópteros

A componente aérea da Marinha realiza missões de luta anti-submarina, luta anti-superfície e interdição de área. Desenvolve ainda missões de carácter secundário como transporte de carga e pessoal, reconhecimento e missões de busca e salvamento. Atualmente, a Marinha opera uma frota de 5 helicópteros Westland Lynx Mk95 a partir das fragatas das classes Vasco da Gama e Bartolomeu Dias.

Fuzileiros

Os Fuzileiros têm a sua origem na mais antiga Força Militar permanente em Portugal. Estão incumbidos em promoverem o aprontamento, o apoio logístico e administrativo das Forças, Unidades e meios operacionais que lhe estejam atribuídos. Constituem a Força-Tarefa de natureza anfíbia, caraterizada por grande flexibilidade, mobilidade, poder de combate e com capacidade para projetar poder em terra.

Mergulhadores

Os Mergulhadores constituem a componente operacional da Marinha na área do mergulho militar e inativação de engenhos explosivos, através do emprego de equipas altamente especializadas que operam num largo espectro de missões, tanto em tempo de paz, como em tempo de guerra.